Assim como a bexiga e o intestino, o útero é um dos órgãos pélvicos que pode sofrer prolapso (descida). Nesta situação, ocorrem alterações dos tecidos que suportam o útero em sua posição anatômica, e não necessariamente no útero. O útero é apenas o “passageiro”, sendo o real problema o “banco” que o carrega. A importância clínica do prolapso uterino é que costuma vir acompanhado de prolapso de outros órgãos, o chamado prolapso genital complexo.
O prolapso uterino pode ser tratado por cirurgia vaginal ou laparoscópica, sendo esta especialmente útil¹. O objetivo da cirurgia é restabelecer o útero ao seu local natural, com a ajuda de uma tela sintética especial para fixar a cúpula vaginal. A retirada do útero (histerectomia) é uma opção, e não uma necessidade absoluta, e deverá ser discutida entre o médico e paciente.
1. Mahran MA, Herath RP, Sayed AT, Oligbo N. Laparoscopic management of genital prolapse. Arch Gynecol Obstet. May 2011;283(5):1015-1020.