Histerectomia significa retirada do útero. É a cirurgia ginecológica mais realizada no mundo todo, e principalmente por miomas uterinos. É o tratamento definitivo para os miomas uterinos, eliminando a chance de recorrência futura. Pode ser recomendada para mulheres com sintomas e que já tiveram os filhos desejados, após discussão de métodos alternativos de tratamento.
Existem três maneira principais de se realizar a cirurgia: por via abdominal (cirurgia “aberta”), vaginal, ou por videolaparoscopia. A escolha depende de avaliação médica e do desejo da mulher.
No Brasil, mais de 80% das histerectomias são realizadas por via abdominal, segundo dados do DATASUS. Porém, os benefícios das histerectomias vaginal e laparoscópica são claros e muito bem estabelecidos: recuperação mais rápida, menos dor, e ausência de cortes, entre outros¹. Por isso, a Associação Americana de Laparoscopistas Ginecológicos (AAGL) as recomenda como primeiras opções na realização das histerectomias².
1. Ferrari MM, Berlanda N, Mezzopane R, Ragusa G, Cavallo M, Pardi G. Identifying the indications for laparoscopically assisted vaginal hysterectomy: a prospective, randomised comparison with abdominal hysterectomy in patients with symptomatic uterine fibroids. Bjog. May 2000;107(5):620-625. 2. AAGL position statement: route of hysterectomy to treat benign uterine disease. J Minim Invasive Gynecol. Jan-Feb 2011;18(1):1-3.