Endometriose é o nome que se dá a aderências, nódulos, e cistos compostos de endométrio (a camada mais interna do útero) e que por algum motivo são encontrados fora do útero, nos órgãos pélvicos da mulher. Estes tecidos contêm uma alta quantidade de substâncias inflamatórias, responsáveis pelos sintomas da doença. Suas reais causas ainda são muito discutidas.
Uma em cada dez mulheres pode ter endometriose¹ . Se considerarmos apenas aquelas mulheres que têm dores na pelve ou dificuldade para engravidar, vemos que a doença pode atingir quatro, ou até mesmo cinco, em cada dez mulheres² . A infertilidade e a dor podem estar presentes ou não. Portanto, algumas mulheres com endometriose precisam se tratar, enquanto outras poderão ser acompanhadas sem tratamento específico. Sabemos também que o diagnóstico da endometriose costuma ser tardio, por uma série de fatores.
Apesar de amplamente divulgado, não há provas que a endometriose seja causada pela menstruação que reflui para dentro do abdômen.
O tratamento da endometriose é baseado na presença de dor e/ou infertilidade. Quando há dor, as medicações hormonais podem controlá-la em maior ou menor grau, e a cirurgia de remoção máxima oferece uma possibilidade de tratamento efetivo e duradouro.
Quando há infertilidade devido à endometriose, pode haver necessidade de tratamento de reprodução assistida, de cirurgia de remoção máxima, ou de ambos.
1. Eskenazi B, Warner ML. Epidemiology of endometriosis. Obstet.Gynecol.Clin.North Am. 1997;24(2):235-258. 2. Verkauf BS. Incidence, symptoms, and signs of endometriosis in fertile and infertile women. J.Fla.Med.Assoc. 1987;74(9):671-675.